domingo, 19 de maio de 2013

Projeto de Estágio de Urgências


INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU
ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU
20º CURSO LICENCIATURA EM ENFERMAGEM





PROJETO DE ESTÁGIO











Nuno Ricardo Almeida e Cova


                                                                                        








Viseu 2012

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INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU
ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU
20º CURSO LICENCIATURA EM ENFERMAGEM








PROJETO DE ESTÁGIO

HOSPITAL SÃO TEOTÓNIO, E.P.E. – CENTRO HOSPITALAR TONDELA-VISEU
SERVIÇO DE URGÊNCIA GERAL






Nuno Ricardo Almeida e Cova






Trabalho realizado no âmbito do Ensino Clínico X,
 do 4º ano do curso de Licenciatura em Enfermagem
sob a orientação da Prof. Dr.ª Madalena Cunha.







Viseu
2012

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INDICE

1 - Introdução
4
2 - Projeto
4
2.1 - Principais Características de um Projeto
5
3 - Ensino Clínico
5
4 - Enfermagem de Urgência
6
5 - Objetivos Gerais
7
6 - Objetivos Específicos e Estratégias Para os Alcançar
7
7 – Cronograma de Atividades
15
8 - Considerações Finais
16
9 - Bibliografia
17

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1 – INTRODUÇÃO

            No âmbito do Ensino Clínico X – Enfermagem Médico-cirúrgica, foi-me proposto elaborar um projecto de estágio.
O ensino clínico irá decorrer de 03 de Dezembro de 2012 a 08 de Fevereiro de 2012.
                        A coordenação pedagógica ficará a cargo da Sr.ª Prof. Dr.ª Madalena Cunha. A orientação no campo de estágio será da responsabilidade da Sr.ª Enf.ª Anabela e a tutoria do Sr. Enf.º Nuno Loureiro e do Sr. Enf.º Pedro Oliveira.
Um projecto bem construído permite traçar e sistematizar objectivos pertinentes logo nas primeiras semanas de estágio, o que facilita a organização do ensino clínico e contribui para uma aprendizagem mais proveitosa. Para tal, pretendo aperfeiçoar o meu desempenho e participar activamente no planeamento, execução e avaliação dos cuidados de enfermagem aos doentes do Serviço de Urgência Geral. Assim, com a elaboração deste projecto pretendo alcançar os seguintes objectivos:
·         Definir os objetivos gerais e específicos que procuro atingirem ao longo das 8 semanas;
·         Clarificar os meus objectivos de forma a rentabilizar  o meu processo de aprendizagem e aperfeiçoar o meu desempenho;
·         Planear actividades pertinentes para concretizar os objectivos definidos;
Como um projecto diz respeito a um conjunto de intenções que no seu conjunto delineiam um processo de execução coerente, um rumo que as visa concretizar, este projecto será constituído por uma introdução, seguida de uma breve definição de projecto, ensino clínico e enfermagem de urgência e emergência, serão também apresentados os objectivos propostos pela equipa coordenadora, os meus objectivos individuais, bem como as estratégias para os alcançar e uma consideração final.

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2 – PROJECTO

O projecto, deve ser um processo de planeamento, onde constem acções realizáveis, cuja finalidade é que todos os objectivos sejam atingidos.
Segundo PIRES (1995, p.5) um projecto consiste numa acção de projecção, partindo de algo muito próprio (um desejo), que se transporta para o exterior, possibilitando através da acção a sua concretização”.
            Um dos aspectos essenciais na caracterização de um projecto é a aprendizagem da autonomia, que permite posteriormente a aprendizagem de competências comportamentais, no decorrer da vivência de situações reais, num determinado ambiente social.
            São vários os autores que afirmam que o projecto tem duas dimensões distintas, que são a intenção e a programação. A intenção é o desejo de realizar algo, num espaço de tempo bem delimitado, a programação tem em conta os aspectos formais e organizativos, de forma a construir uma planificação.
           
2.1 – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM PROJECTO

As principais características diferem de autor para autor, todas elas são importantes e complementam-se servindo para uma melhor compreensão do projecto.
BARBIER citado por FERNANDES (1999, p. 234) destaca três características essenciais que devem constar de um projecto, sendo elas:
Designação de operações componentes de acção, em que são discriminados os actos a serem realizados durante a actividade, ou seja, uma função pode ser decomposta em várias actividades, uma actividade em diferentes tarefas, uma tarefa em actos distintos e um acto em várias operações;
Organização estrutural das mesmas, tendo como objectivo a apresentação de um trabalho organizado, como uma espécie de rede, ou sistema estruturado;
Ordenamento temporal, pois é em função do tempo que se vão organizando as actividades a realizar e tomando decisões e mudanças de estratégias na concretização dos objectivos.

Por outro lado BRAND citado por FERNANDES (1999, p. 235) refere que a descontinuidade, o dinamismo a evolução e a irreversibilidade são as características fundamentais de em projecto. A descontinuidade significa que um projecto é um trabalho esporádico e com tempo de execução bem delimitado, sendo de carácter não repetitivo e único. O autor considera também que um projecto deve ser “dinâmico, evolutivo e flexível”, permitido o ajustamento a situações que possam ocorrer e que não estavam planeadas, de forma a combater a imprevisibilidade. Quanto à irreversibilidade, o autor considera, que ao longo da elaboração do projecto têm que ser tomadas muitas decisões e que de alguma forma as decisões tomadas possuem um grau de irreversibilidade.

3 – ENSINO CLÍNICO

Falar de formação em contexto hospitalar significa inscrever-se num espaço físico e temporal onde interage um conjunto heterogéneo de pessoas (alunos, docentes, enfermeiros, médicos, assistentes operacionais, doentes, famílias, etc.) que desenvolvem e estabelecem entre si vários tipos de relações pessoais, profissionais, de ensino e de aprendizagem.
Segundo SOUSA (2002, p.27) o ensino clínico é entendido como um espaço e um tempo de excelência para o desenvolvimento de competências cognitivas, instrumentais, de relação interpessoal e critico reflexivas, mas simultaneamente, constitui uma fonte de dificuldade e é promotor de sentimentos de insegurança e stress.
As relações teórico práticas nos processos formativos continuam a constituir problemáticas actuais, apesar das escolas e instituições de saúde manterem uma aproximação significativa sobretudo na aprendizagem dos estudantes.
Já em 1986, O’Karen defendia que a via para o progresso da profissão e da melhoria dos cuidados passava por uma estreita colaboração entre as escolas e as organizações de saúde, sendo importante rever alguns aspectos que constituirão o fulcro de uma desejável mudança nas relações interinstitucionais. No seu entender, a definição de objectivos de ensino/aprendizagem, a discussão e selecção conjunta de actividades, o conhecimento prévio de capacidades, experiência e motivação dos recursos disponíveis, bem como a definição clara, entre as instituições, da colaboração pretendida, poderia ceder mais eficácia à orientação e ao processo de formação (SOUSA, 2002, p.27).
Sendo os contextos práticos “um local privilegiado na formação dos alunos de enfermagem, permitindo adquirir habilidades para actuar no mundo real em que a profissão acontece” (MARTIN, 1991, p.162, cit. in SOUSA, 2002, p. 27), é ai onde o aluno pode ampliar o domínio do saber nas dimensões cientificas, desenvolver o saber fazer que deve estar subjacente à realização de actos técnicos e construir competências do saber ser e estar. È na prática que o aluno aprende a interrelacionar o saber que, facultado pelo conhecimento teórico e o saber como advindo do conhecimento prático e pessoal (SOUSA, 2002, p.27).

4 – ENFERMAGEM DE URGÊNCIA

Segundo SMELTZER (1992) cit. in ROCHA (1996, p. 8), a filosofia dos cuidados de urgência expandiu-se a ponto de incluir o conceito de que: “uma emergência é tudo aquilo que o doente ou família consideram como tal”. Salientada esta premissa, convém referir aspectos que se desejam no perfil do Enfermeiro, como funções no âmbito do atendimento de urgência.
De facto, o Enfermeiro do Serviço de Urgência (SU), vê-se permanentemente confrontado com situações novas e diversificadas, bem como com tecnologias cada vez mais complexas, obrigando-o a intervir com eficiência e eficácia em situações de alto e médio risco.
Assim, exige-se um perfil que assente na autonomia, responsabilidade, competência, segurança, eficácia, conhecimentos teórico-práticos profundos e actualizados e resistência física.
È importante ainda salientar que, quer a atitude moral quer a atitude profissional do Enfermeiro, é um todo que o doente assimila e de que se “alimenta” para a sua recuperação, num momento tão crítico da sua vida.
Numa situação de urgência, terão que se tomar decisões rápidas, seguras e geralmente determinantes para a evolução do estado do doente. Essas decisões, exigem competências que permitam uma avaliação sólida, baseada num bom conhecimento do incidente ou doença que produziu o recurso ao SU e dos respectivos efeitos sobre a pessoa doente.
Quando o doente é recebido no SU, é imperativo fundamental determinar a extensão da lesão e estabelecer prioridades para as intervenções que se planearem. Essas prioridades, são determinadas pela ameaça comparativa á vida da pessoa.
Cada membro da equipa de urgência em geral e o Enfermeiro muito em particular, terá que manter uma postura vigilante e critica para a individualidade global do doente; ou seja, para o problema total do doente e não para a mera soma das partes do corpo que o constitui (ROCHA, 1996, p. 8).

5 – OBJECTIVOS GERAIS
           
A elaboração de objectivos é fundamental, na medida em que só mediante uma correcta e quantificada fixação de objectivos se poderá proceder a uma avaliação dos resultados obtidos.
De acordo com IMPERATORI e GIRALDES (1993, p. 77) um objectivo é “um enunciado de um resultado desejável e tecnicamente exequível de evolução de um problema que altera, em princípio, a tendência de evolução natural desse problema, traduzido em termos de indicadores de resultado ou de impacto”.
            Os objectivos pedagógicos gerais do ensino clínico X – Enfermagem Médico-Cirurgica são os seguintes:

a)    Desenvolver competências interpessoais: Prática profissional, ética e legal;

b)    Desenvolver competências instrumentais: Prestação e gestão de cuidados;

c)    Desenvolver competências sistémicas: Desenvolvimento pessoal e profissional;

6 – OBJECTIVOS ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS PARA OS ALCANÇAR

É importante estabelecer objectivos pois são eles que nos movem e incentivam para trabalharmos cada vez mais e melhor. Para os alcançarmos à que determinar estratégias, ter em conta a realidade, os recursos existentes, os obstáculos, à que nos adaptarmos e se necessário proceder à sua reformulação.
Segundo FERNANDES (1999, p. 235), há características de tipo estrutural que devem ser consideradas na formulação de um objectivo, este deverá ser: pertinente, preciso, realizável, mensurável e claramente expresso.
Ao contrário dos anteriores ensinos clínicos que visavam uma área científica mais específica, a Enfermagem de Urgência é uma área de Enfermagem personalizada, diversa e multidimensional, inclui cuidados que vão desde o controlo da doença, até ás medidas de reanimação.
Este será um estágio que facultará múltiplas e diversificadas experiências que aproveitarei ao máximo e que contribuirão para a minha integração na vida profissional.
Muitos dos objectivos específicos que anteriormente apresentei noutros projectos, não farão parte deste, pois considero-os já intrínsecos e inerentes a processos de aprendizagem anteriores, e fazem parte de qualquer ensino clínico, tal como: conhecer a estrutura física do serviço, a metodologia de trabalho, integrar a Equipa Multiprofissional, estabelecer relação de ajuda/empática com o utente/familiar/pessoa significativa, entre outros.
            As minhas ambições e exigências são diferentes e como tal também o são os meus objectivos, que passo a descrever de seguida, assim como as estratégias para os poder alcançar.

Objectivo Específico 1: Desenvolver competências para poder actuar em situações de paragem cardiorrespiratória.

Estratégias:
·                     Conhecimento de todo o material, localização e seu funcionamento da sala de reanimação, assim como os fármacos;
·                     Interiorização dos algoritmos de suporte básico e avançado de vida;
·                     Identificação de ritmos desfibrilháveis e não desfibrilháveis.


Objectivo Específico 2: Prestar cuidados ao doente politraumatizado.

De acordo com SHEEHY’S (2001, p. 281) as medidas terapêuticas a um doente politraumatizado dependem em grande parte da determinação do local das lesões, de forma a se poder actuar de forma rápida e efectiva todas as lesões que possam constituir risco de vida. Por esta razão é fundamental que se conheça o mecanismo de lesão, para que assim os doentes com possíveis lesões possam ser identificados, de modo a serem avaliados e tratados de forma conveniente.

Estratégias:

·                     Avaliação correcta do doente;
·                     Avaliação Primária:
o   Via Aérea (A) – Verificação e manutenção da permeabilidade da via aérea (aspiração de secreções, sangue (hemorragia) e/ou de conteúdo gástrico (vómitos), extracção de objectos estranhos, se não existir contra-indicação, colocação do tubo de Guedel) com estabilização da coluna cervical;
o   Ventilação (B) – Verificação da existência de ventilação espontânea e manutenção da ventilação eficaz com recurso à administração de oxigénio;
o   Circulação (C) – Verificação e Manutenção de uma circulação eficaz, puncionando dois acessos venosos de grande calibre, de modo a se poder iniciar a administração de soros;
o   Estado de Consciência (D) – Avaliação do estado neurológico, avaliando a Escala de Coma de Glasgow, reactividade, tamanho, forma e simetria das pupilas; 
·                     Avaliação Secundária:
o   Exposição corporal com controlo da temperatura (E);
o   Avaliação dos sinais vitais (Full); Realização das cinco (Five) intervenções de enfermagem (monitorização do ritmo cardíaco, oximetria de pulso, inserção de cateter urinário, inserção de sonda nasogástrica, colheitas de sangue para análises laboratoriais); Permissão (Facilitate) da presença da Família (F);
o   Fornecimento de medidas de conforto ao doente (G);
o   Recolha de informação pré-hospitalar (H), essencialmente mecanismo de lesão, suspeita de traumatismos, sinais vitais do doente no local da ocorrência, tratamento efectuado, assim como a resposta do doente aos procedimentos efectuados e informação sobre antecedentes médicos;
o   Avaliação da cabeça aos pés.
·                     Realização de reanimação cardio-pulmonar, se necessário;
·                     Colaboração na mobilização/imobilização do doente;
·                     Consolidação de conhecimentos sobre técnica de colocação de colar cervical, aranha e plano duro.


Objectivo Específico 3: Prestar cuidados ao doente Queimado durante o período de emergência

De acordo com PHIPPS (2003)   as lesões de queimaduras são, em muitos aspectos, a pior tragédia que um indivíduo pode experimentar. Uma queimadura intensa é acompanhada de uma grande agressão física ao doente, e é catastrófica em termos de custos e de sofrimento para a família envolvida.
Sabemos que os cuidados imediatos a um doente queimado passam pela avaliação da queimadura, reposição hídrica, tratamento da lesão, protecção contra contaminação minimizando o risco de infecção, manutenção da temperatura corporal e controlo da dor.

Estratégias:
·                     Avaliação primária (ABCD) e secundária (EFGH) do doente;
·                     Avaliação da extensão da área corporal queimada, através da regra dos nove de Wallace;
·                     Terapia com líquidos por via endovenosa - cálculo da reposição de líquidos, de acordo com a equação de Parkland (4 mL de Lactato de Ringer   Peso (Kg)  x  % de Área Total da Superfície Corporal), com a administração de metade dos fluidos nas primeiras 8h após a queimadura e o restante nas 16h seguintes;
·                     Algaliação do doente se possível para medição horária da urina;
·                     Colocação de SNG quando recomendado para remover o conteúdo gástrico e prevenir a distensão gástrica;
·                     Colaboração no procedimento da inserção de cateter endovenoso central, se apropriado;
·                     Controle da dor através da administração de analgésicos, conforme prescrito;
·                     Prevenção da ocorrência de infecções (utilização da técnica asséptica, antibioterapia, profilaxia do tétano);
·                     Execução do tratamento das lesões e respectivos pensos com o máximo de assépsia;
·                     Manutenção da temperatura corporal;
·                     Promoção do conforto do doente.


Objectivo Específico 4: Prestar cuidados ao doente Intoxicado.

Segundo SWEARINGEN (2001, p. 742) a intoxicação constitui um problema frequente que afecta todas as idades, raças e níveis socioeconómicos. Nenhum órgão ou sistema orgânico é imune aos efeitos prejudiciais da intoxicação. O tipo, quantidade e via de administração afectam os resultados, prognóstico e quadro clínico.

Estratégias:
·                     Estabilização das funções vitais
·                     Avaliação completa: (história, exame físico, avaliar a gravidade dos efeitos clínicos e possíveis traumas e complicações)
·                     Contactar Centro de Informação Antivenenos
·                     Remoção do tóxico (evitar a absorção e aumentar a eliminação do agente tóxico)
·                     Realização de lavagem gástrica e administração de absorventes e purgantes:
o   Informação ao doente acerca dos procedimentos a serem realizados;
o   Posicioná-lo em decúbito lateral esquerdo ou Trendlembourg;
o   Entubação nasogástrica com sonda de grande calibre e de dupla via que facilita a remoção do conteúdo gástrico e lavagem gástrica;
o   Aspiração do conteúdo gástrico;
o   Instilação de 200 a 500mL de soro fisiológico morno;
o   Aspiração do conteúdo gástrico após a instilação do soro fisiológico, realizando em simultâneo massagem a nível da região epigástrica;
o   Realização de lavagens consecutivas até que o conteúdo gástrico seja límpido;
o   Se conveniente, deixar em drenagem livre;
o   Administração de absorventes como o carvão activado (25g de carvão activado em 250mL de água destilada);
o   Administração de purgantes/catárticos como sulfato de sódio ou de magnésio;
·                     Anulação do efeito do agente tóxico (antídotos)
·                     Prevenção de sequelas


Objectivo Específico 5: Prestar cuidados ao doente com tubo endotraqueal e submetido a ventilação mecânica.

            De acordo com PHIPPS, SANDS, MAREK (2003, p.1160) a ventilação mecânica é uma forma substitutiva da função respiratória em doentes com patologias que levem à insuficiência respiratória. O objectivo da ventilação mecânica é o fornecimento de uma ventilação enriquecida com uma concentração de oxigénio suficiente para que a oxigenação tecidular ocorra com eficácia.

Estratégias:
·                     Promoção do conforto do doente ventilado;
·                     Fixação do tubo endotraqueal;
·                     Confirmação do correcto posicionamento do tubo endotraqueal, através da auscultação pulmonar bilateral;
·                     Utilização de técnica asséptica em todos os procedimentos, de forma a evitar ou minimizar infecções;
·                     Aspiração de secreções sempre que necessário;
·                     Certificação da eficácia da ventilação e da oxigenação:
o   Auscultação dos sons pulmonares;
o   Mobilização do doente de cada 2 a 3 horas, de forma a optimizar a ventilação e a oxigenação tecidular;
·                     Avaliação do estado clínico do doente:
o   Avaliação dos sinais vitais;
o   Auscultação pulmonar;
o   Avaliação do estado de consciência;
·                     Monitorização respiratória:
   Avaliação da saturação de oxigénio e de outros gases arteriais;
o   Avaliação da frequência respiratória, ritmo, movimentos respiratórios, sinais de dificuldade respiratória…;
·                     Observação e registo de anomalias, tais como, instabilidade de parâmetros vitais; desadaptação acidental do ventilador; existência de roncos e/ou sibilos; ausência de murmúrio; alteração do estado de consciência;
·                     Monitorização das variáveis e alarmes do ventilador.


Objectivo Específico 6: Adquirir destreza manual na realização de cateterismo venoso.

Estratégias:
·                     Prestação de informação acerca do procedimento a ser realizado e qual a sua finalidade;
·                     Preparação de todo o material necessário à realização da punção venosa;
·                     Aplicação do garrote no membro;
·                     Selecção do acesso venoso a puncionar;
·                     Desinfecção do local de inserção do cateter venoso;
·                     Inserção do cateter no acesso venoso;
·                     Libertação do garrote;
·                     Fixação do cateter venoso com adesivo estéril e hipoalérgico;
·                     Realização dos respectivos registos de forma pertinente e precisa, com utilização de linguagem científica.


Objectivo Específico 7: Aperfeiçoar competências na realização de cateterismo vesical.

Estratégias:
·                     Fornecimento de informação ao doente sobre o procedimento a ser realizado, assim como a solicitação da sua colaboração na execução do mesmo;
·                     Preparação de todo o material necessário à execução da técnica;
·                     Respeitar todos os princípios de higiene e aplicação de técnica asséptica na realização do procedimento;
·                     Promoção da privacidade do doente;
·                     Posicionamento correcto do doente:
·                     A Mulher em posição ginecológica;
·                     O Homem em decúbito dorsal;
·                     Realização da lavagem da região perineal;
·                     Colocação de um campo esterilizado;
·                     Conexão do saco colector de urina na sonda vesical;
·                     Utilização de luvas esterilizadas;
·                     Lubrificação da extremidade da sonda vesical;
·                     Introdução da sonda vesical no meato urinário;
·                     Insuflação do balão da sonda vesical com 10mL de água destilada;
·                     Ensino ao doente da necessidade de manutenção da sonda vesical e da necessidade de hidratação oral;
·                     Registo pertinente e preciso, com utilização de linguagem científica do procedimento realizado.


Objectivo Específico 8: Aperfeiçoar competências na realização da entubação nasogástrica.

Estratégias:
·                     Fornecimento de informação ao doente acerca do procedimento a ser realizado e solicitação da sua colaboração para a realização do mesmo;
·                     Preparação de todo o material necessário à realização da técnica;
·                     Promoção da privacidade do doente;
·                     Lavagem das mãos;
·                     Utilização de luvas esterilizadas;
·                     Medição da sonda de modo a marcar o comprimento adequado a cada doente (distância da asa do nariz ao lóbulo da orelha e deste ao apêndice xifóide);
·                     Posicionamento correcto do doente, com a cabeça ligeiramente flectida;
·                     Lubrificação da sonda nasogástrica com um lubrificante hidrossolúvel;
·                     Inserção da sonda lentamente e com firmeza até à faringe e solicitação do doente para que degluta enquanto progredimos com a sonda até ao estômago;
·                     Confirmação da localização da sonda no estômago (aspiração verificando a saída de conteúdo gástrico ou introdução de ar pela sonda auscultando a entrada de ar no estômago);
·                     Fixação da sonda ao nariz do doente, com adesivo hipoalérgico;
·                     Adaptação da sonda ao soco colector;
·                     Elaboração de registos pertinentes e precisos do procedimento realizado.


Objectivo específico 9: Aprofundar conhecimentos teóricos, essenciais para o meu enriquecimento pessoal e técnico-científico.

Estratégias:
·         Pesquisa bibliográfica, partilha de conhecimentos com os profissionais de saúde;
·         Aumento de conhecimento a nível de farmacologia, com pesquisa de indicações terapêuticas, mecanismos de acção, posologia, interacções medicamentosas, efeitos secundários dos fármacos mais utilizados no serviço;
·         Elaboração de uma reflexão crítica semanal, com o objectivo de analisar as actividades realizadas, dificuldades sentidas e resultados obtidos;


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7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O enfermeiro de urgência precisa de ter determinadas características, que não passam apenas pelo conhecimento teórico, mas também com a destreza que este tipo de serviço exige, como a rapidez, agilidade e diplomacia, para que desta forma situações de risco de vida ou de morte para o doente possam ser resolvidas com a maior eficácia (VAZ e CATITA, 2000, p. 14).
É de todo importante a elaboração de um projecto, há que saber planear, para poder atingir o fim a que nos propomos.
Os objectivos e estratégias que foram delineadas não são estanques e no decorrer do ensino clínico provavelmente surgiram outros objectivos que complementaram os estabelecidos.
Aproveitarei ao máximo todas as oportunidades de aprendizagem e sempre que me surgir uma dúvida, vou fazer todos os possíveis para que ainda nesse mesmo dia eu consiga ir pesquisar sobre a mesma de forma a enriquecer o meu conhecimento. Quero terminar este ensino clínico e sentir que estou preparado para exercer a minha profissão com competência.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MADUREIRA, António – Apontamentos das aulas de Médico-cirúrgica: leccionadas no 1º semestre do 4º ano do curso de Licenciatura em Enfermagem, 2012.

BOLANDER, Verolyn – Enfermagem Fundamental. 1ª. ed. Loures: Lusodidacta, 1998.

FERNANDES, Maria Teresa – Metodologia do projecto. Servir. Vol. 47, nº 5 (Setembro/Outubro 1999), p. 233-236

IMPERATORI, Emílio; GIRALDES, Maria do Rosário – Metodologia do planeamento de saúde: manual para uso em serviços centrais, regionais e locais. 3ª ed e actual. Lisboa: Escola nacional de saúde pública, 1993, p. 77-87

PHIPPS, Wilma J.; SANDS, Judith, K.; MAREK, Jane, F. – Enfermagem médico – cirúrgica . 6ª. ed. Loures: Lusociência, 2003.

PIRES, Ana Luísa de Oliveira – A pedagogia do projecto. Formar. Lisboa. nº 16 (Outubro de 1995)

SOUSA, Clementina – O ensino clínico: a importância e a construção do saber profissional. Investigação em Enfermagem, nº 5 (2002)

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