INSTITUTO
POLITÉCNICO DE VISEU
ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU
20º CURSO LICENCIATURA EM
ENFERMAGEM
PROJETO DE
ESTÁGIO
Nuno Ricardo Almeida e Cova
Viseu 2012
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INSTITUTO POLITÉCNICO DE
VISEU
ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE
VISEU
20º CURSO LICENCIATURA EM
ENFERMAGEM
PROJETO DE
ESTÁGIO
HOSPITAL
SÃO TEOTÓNIO, E.P.E. – CENTRO HOSPITALAR TONDELA-VISEU
SERVIÇO DE
URGÊNCIA GERAL
Nuno Ricardo Almeida e Cova
Trabalho realizado no âmbito
do Ensino Clínico X,
do 4º ano do curso de Licenciatura em
Enfermagem
sob a orientação da Prof.
Dr.ª Madalena Cunha.
Viseu
2012
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INDICE
1 - Introdução
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4
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2 - Projeto
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4
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2.1 - Principais Características de um Projeto
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5
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3 - Ensino Clínico
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5
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4 - Enfermagem de Urgência
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6
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5 - Objetivos Gerais
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7
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6 - Objetivos Específicos e Estratégias Para os Alcançar
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7
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7 – Cronograma de Atividades
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15
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8 - Considerações Finais
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16
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9 - Bibliografia
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17
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1 – INTRODUÇÃO
No âmbito do Ensino Clínico X – Enfermagem
Médico-cirúrgica, foi-me proposto elaborar um projecto de estágio.
O ensino clínico irá decorrer de 03 de Dezembro de
2012 a 08 de Fevereiro de 2012.
A
coordenação pedagógica ficará a cargo da Sr.ª Prof. Dr.ª Madalena Cunha. A
orientação no campo de estágio será da responsabilidade da Sr.ª Enf.ª Anabela e
a tutoria do Sr. Enf.º Nuno Loureiro e do Sr. Enf.º Pedro Oliveira.
Um projecto bem construído permite traçar e
sistematizar objectivos pertinentes logo nas primeiras semanas de estágio, o
que facilita a organização do ensino clínico e contribui para uma aprendizagem
mais proveitosa. Para tal, pretendo aperfeiçoar o meu desempenho e participar
activamente no planeamento, execução e avaliação dos cuidados de enfermagem aos
doentes do Serviço de Urgência Geral. Assim, com a elaboração deste projecto
pretendo alcançar os seguintes objectivos:
·
Definir os
objetivos gerais e específicos que procuro atingirem ao longo das 8 semanas;
·
Clarificar
os meus objectivos de forma a rentabilizar o meu processo de aprendizagem
e aperfeiçoar o meu desempenho;
·
Planear
actividades pertinentes para concretizar os objectivos definidos;
Como um projecto diz respeito a um conjunto de
intenções que no seu conjunto delineiam um processo de execução coerente, um
rumo que as visa concretizar, este projecto será constituído por uma
introdução, seguida de uma breve definição de projecto, ensino clínico e enfermagem
de urgência e emergência, serão também apresentados os objectivos propostos
pela equipa coordenadora, os meus objectivos individuais, bem como as
estratégias para os alcançar e uma consideração final.
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2 – PROJECTO
O projecto, deve ser um processo de planeamento, onde
constem acções realizáveis, cuja finalidade é que todos os objectivos sejam
atingidos.
Segundo PIRES (1995, p.5) um projecto consiste numa
acção de projecção, partindo de algo muito próprio (um desejo), que se
transporta para o exterior, possibilitando através da acção a sua
concretização”.
Um
dos aspectos essenciais na caracterização de um projecto é a aprendizagem da
autonomia, que permite posteriormente a aprendizagem de competências
comportamentais, no decorrer da vivência de situações reais, num determinado
ambiente social.
São
vários os autores que afirmam que o projecto tem duas dimensões distintas, que
são a intenção e a programação. A intenção é o desejo de realizar algo, num
espaço de tempo bem delimitado, a programação tem em conta os aspectos formais
e organizativos, de forma a construir uma planificação.
2.1 – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM PROJECTO
As principais características diferem de autor para
autor, todas elas são importantes e complementam-se servindo para uma melhor
compreensão do projecto.
BARBIER citado por FERNANDES (1999, p. 234) destaca
três características essenciais que devem constar de um projecto, sendo elas:
Designação de operações componentes de acção, em que
são discriminados os actos a serem realizados durante a actividade, ou seja,
uma função pode ser decomposta em várias actividades, uma actividade em
diferentes tarefas, uma tarefa em actos distintos e um acto em várias
operações;
Organização estrutural das mesmas, tendo como
objectivo a apresentação de um trabalho organizado, como uma espécie de rede,
ou sistema estruturado;
Ordenamento temporal, pois é em função do tempo que se
vão organizando as actividades a realizar e tomando decisões e mudanças de
estratégias na concretização dos objectivos.
Por outro lado BRAND citado por FERNANDES (1999, p.
235) refere que a descontinuidade, o dinamismo a evolução e a irreversibilidade
são as características fundamentais de em projecto. A descontinuidade
significa que um projecto é um trabalho esporádico e com tempo de execução bem
delimitado, sendo de carácter não repetitivo e único. O autor considera também
que um projecto deve ser “dinâmico, evolutivo e flexível”, permitido o
ajustamento a situações que possam ocorrer e que não estavam planeadas, de
forma a combater a imprevisibilidade. Quanto à irreversibilidade, o autor
considera, que ao longo da elaboração do projecto têm que ser tomadas muitas
decisões e que de alguma forma as decisões tomadas possuem um grau de
irreversibilidade.
3 – ENSINO CLÍNICO
Falar de formação em contexto hospitalar significa
inscrever-se num espaço físico e temporal onde interage um conjunto heterogéneo
de pessoas (alunos, docentes, enfermeiros, médicos, assistentes operacionais,
doentes, famílias, etc.) que desenvolvem e estabelecem entre si vários tipos de
relações pessoais, profissionais, de ensino e de aprendizagem.
Segundo SOUSA (2002, p.27) o ensino clínico é
entendido como um espaço e um tempo de excelência para o desenvolvimento de
competências cognitivas, instrumentais, de relação interpessoal e critico
reflexivas, mas simultaneamente, constitui uma fonte de dificuldade e é
promotor de sentimentos de insegurança e stress.
As relações teórico práticas nos processos formativos
continuam a constituir problemáticas actuais, apesar das escolas e instituições
de saúde manterem uma aproximação significativa sobretudo na aprendizagem dos
estudantes.
Já em 1986, O’Karen defendia que a via para o
progresso da profissão e da melhoria dos cuidados passava por uma estreita
colaboração entre as escolas e as organizações de saúde, sendo importante rever
alguns aspectos que constituirão o fulcro de uma desejável mudança nas relações
interinstitucionais. No seu entender, a definição de objectivos de
ensino/aprendizagem, a discussão e selecção conjunta de actividades, o
conhecimento prévio de capacidades, experiência e motivação dos recursos
disponíveis, bem como a definição clara, entre as instituições, da colaboração
pretendida, poderia ceder mais eficácia à orientação e ao processo de formação
(SOUSA, 2002, p.27).
Sendo os contextos práticos “um local privilegiado na
formação dos alunos de enfermagem, permitindo adquirir habilidades para actuar
no mundo real em que a profissão acontece” (MARTIN, 1991, p.162, cit.
in SOUSA, 2002, p. 27), é ai onde o aluno pode ampliar o domínio do
saber nas dimensões cientificas, desenvolver o saber fazer que deve estar
subjacente à realização de actos técnicos e construir competências do saber ser
e estar. È na prática que o aluno aprende a interrelacionar o saber que,
facultado pelo conhecimento teórico e o saber como advindo do conhecimento
prático e pessoal (SOUSA, 2002, p.27).
4 – ENFERMAGEM DE URGÊNCIA
Segundo SMELTZER (1992) cit. in ROCHA (1996, p. 8), a
filosofia dos cuidados de urgência expandiu-se a ponto de incluir o conceito de
que: “uma emergência é tudo aquilo que o doente ou família consideram como
tal”. Salientada esta premissa, convém referir aspectos que se desejam no
perfil do Enfermeiro, como funções no âmbito do atendimento de urgência.
De facto, o Enfermeiro do Serviço de Urgência (SU),
vê-se permanentemente confrontado com situações novas e diversificadas, bem
como com tecnologias cada vez mais complexas, obrigando-o a intervir com
eficiência e eficácia em situações de alto e médio risco.
Assim, exige-se um perfil que assente na autonomia,
responsabilidade, competência, segurança, eficácia, conhecimentos
teórico-práticos profundos e actualizados e resistência física.
È importante ainda salientar que, quer a atitude moral
quer a atitude profissional do Enfermeiro, é um todo que o doente assimila e de
que se “alimenta” para a sua recuperação, num momento tão crítico da sua vida.
Numa situação de urgência, terão que se tomar decisões
rápidas, seguras e geralmente determinantes para a evolução do estado do
doente. Essas decisões, exigem competências que permitam uma avaliação sólida,
baseada num bom conhecimento do incidente ou doença que produziu o recurso ao
SU e dos respectivos efeitos sobre a pessoa doente.
Quando o doente é recebido no SU, é imperativo
fundamental determinar a extensão da lesão e estabelecer prioridades para as
intervenções que se planearem. Essas prioridades, são determinadas pela ameaça
comparativa á vida da pessoa.
Cada membro da equipa de urgência em geral e o
Enfermeiro muito em particular, terá que manter uma postura vigilante e critica
para a individualidade global do doente; ou seja, para o problema total do
doente e não para a mera soma das partes do corpo que o constitui (ROCHA, 1996,
p. 8).
5 – OBJECTIVOS GERAIS
A elaboração de objectivos é fundamental, na medida em
que só mediante uma correcta e quantificada fixação de objectivos se poderá
proceder a uma avaliação dos resultados obtidos.
De acordo com IMPERATORI e GIRALDES (1993, p. 77) um
objectivo é “um enunciado de um resultado desejável e tecnicamente exequível de
evolução de um problema que altera, em princípio, a tendência de evolução
natural desse problema, traduzido em termos de indicadores de resultado ou de
impacto”.
Os
objectivos pedagógicos gerais do ensino clínico X – Enfermagem Médico-Cirurgica
são os seguintes:
a) Desenvolver competências interpessoais: Prática
profissional, ética e legal;
b) Desenvolver competências instrumentais: Prestação e gestão de
cuidados;
c) Desenvolver competências sistémicas: Desenvolvimento
pessoal e profissional;
6 – OBJECTIVOS ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS PARA OS
ALCANÇAR
É importante estabelecer objectivos pois são eles que
nos movem e incentivam para trabalharmos cada vez mais e melhor. Para os
alcançarmos à que determinar estratégias, ter em conta a realidade, os recursos
existentes, os obstáculos, à que nos adaptarmos e se necessário proceder à sua
reformulação.
Segundo FERNANDES (1999, p. 235), há características
de tipo estrutural que devem ser consideradas na formulação de um objectivo,
este deverá ser: pertinente, preciso, realizável, mensurável e claramente
expresso.
Ao contrário dos anteriores ensinos clínicos que
visavam uma área científica mais específica, a Enfermagem de Urgência é uma
área de Enfermagem personalizada, diversa e multidimensional, inclui cuidados
que vão desde o controlo da doença, até ás medidas de reanimação.
Este será um estágio que facultará múltiplas e
diversificadas experiências que aproveitarei ao máximo e que contribuirão para
a minha integração na vida profissional.
Muitos dos objectivos específicos que anteriormente
apresentei noutros projectos, não farão parte deste, pois considero-os já
intrínsecos e inerentes a processos de aprendizagem anteriores, e fazem parte
de qualquer ensino clínico, tal como: conhecer a estrutura física do serviço, a
metodologia de trabalho, integrar a Equipa Multiprofissional, estabelecer
relação de ajuda/empática com o utente/familiar/pessoa significativa, entre
outros.
As
minhas ambições e exigências são diferentes e como tal também o são os meus
objectivos, que passo a descrever de seguida, assim como as estratégias para os
poder alcançar.
Objectivo Específico 1: Desenvolver competências para
poder actuar em situações de paragem cardiorrespiratória.
Estratégias:
·
Conhecimento
de todo o material, localização e seu funcionamento da sala de reanimação,
assim como os fármacos;
·
Interiorização
dos algoritmos de suporte básico e avançado de vida;
·
Identificação
de ritmos desfibrilháveis e não desfibrilháveis.
Objectivo Específico 2: Prestar cuidados ao doente politraumatizado.
De acordo com SHEEHY’S (2001, p. 281) as medidas terapêuticas
a um doente politraumatizado dependem em grande parte da determinação do local
das lesões, de forma a se poder actuar de forma rápida e efectiva todas as lesões
que possam constituir risco de vida. Por esta razão é fundamental que se
conheça o mecanismo de lesão, para que assim os doentes com possíveis lesões
possam ser identificados, de modo a serem avaliados e tratados de forma
conveniente.
Estratégias:
·
Avaliação
correcta do doente;
·
Avaliação
Primária:
o Via Aérea (A) –
Verificação e manutenção da permeabilidade da via aérea (aspiração de
secreções, sangue (hemorragia) e/ou de conteúdo gástrico (vómitos), extracção
de objectos estranhos, se não existir contra-indicação, colocação do tubo de
Guedel) com estabilização da coluna cervical;
o Ventilação (B) –
Verificação da existência de ventilação espontânea e manutenção da ventilação
eficaz com recurso à administração de oxigénio;
o Circulação (C) –
Verificação e Manutenção de uma circulação eficaz, puncionando dois acessos
venosos de grande calibre, de modo a se poder iniciar a administração de soros;
o Estado de Consciência (D) –
Avaliação do estado neurológico, avaliando a Escala de Coma de Glasgow,
reactividade, tamanho, forma e simetria das pupilas;
·
Avaliação
Secundária:
o Exposição corporal com controlo da
temperatura (E);
o Avaliação dos sinais vitais (Full);
Realização das cinco (Five) intervenções de enfermagem (monitorização do ritmo
cardíaco, oximetria de pulso, inserção de cateter urinário, inserção de sonda
nasogástrica, colheitas de sangue para análises laboratoriais); Permissão
(Facilitate) da presença da Família (F);
o Fornecimento de medidas de conforto
ao doente (G);
o Recolha de informação
pré-hospitalar (H), essencialmente mecanismo de lesão, suspeita de
traumatismos, sinais vitais do doente no local da ocorrência, tratamento
efectuado, assim como a resposta do doente aos procedimentos efectuados e
informação sobre antecedentes médicos;
o Avaliação da cabeça aos pés.
·
Realização
de reanimação cardio-pulmonar, se necessário;
·
Colaboração
na mobilização/imobilização do doente;
·
Consolidação
de conhecimentos sobre técnica de colocação de colar cervical, aranha e plano
duro.
Objectivo Específico 3: Prestar cuidados ao doente
Queimado durante o período de emergência
De acordo com PHIPPS (2003) as lesões
de queimaduras são, em muitos aspectos, a pior tragédia que um indivíduo pode
experimentar. Uma queimadura intensa é acompanhada de uma grande agressão
física ao doente, e é catastrófica em termos de custos e de sofrimento para a
família envolvida.
Sabemos que os cuidados imediatos a um doente queimado
passam pela avaliação da queimadura, reposição hídrica, tratamento da lesão,
protecção contra contaminação minimizando o risco de infecção, manutenção da
temperatura corporal e controlo da dor.
Estratégias:
·
Avaliação
primária (ABCD) e secundária (EFGH) do doente;
·
Avaliação da
extensão da área corporal queimada, através da regra dos nove de Wallace;
·
Terapia com
líquidos por via endovenosa - cálculo da reposição de líquidos, de acordo com a
equação de Parkland (4 mL de Lactato de Ringer x Peso
(Kg) x % de Área Total da Superfície Corporal),
com a administração de metade dos fluidos nas primeiras 8h após a queimadura e
o restante nas 16h seguintes;
·
Algaliação
do doente se possível para medição horária da urina;
·
Colocação de
SNG quando recomendado para remover o conteúdo gástrico e prevenir a distensão
gástrica;
·
Colaboração
no procedimento da inserção de cateter endovenoso central, se apropriado;
·
Controle da
dor através da administração de analgésicos, conforme prescrito;
·
Prevenção da
ocorrência de infecções (utilização da técnica asséptica, antibioterapia,
profilaxia do tétano);
·
Execução do
tratamento das lesões e respectivos pensos com o máximo de assépsia;
·
Manutenção
da temperatura corporal;
·
Promoção do
conforto do doente.
Objectivo Específico 4: Prestar cuidados ao doente
Intoxicado.
Segundo SWEARINGEN (2001, p. 742) a intoxicação
constitui um problema frequente que afecta todas as idades, raças e níveis
socioeconómicos. Nenhum órgão ou sistema orgânico é imune aos efeitos
prejudiciais da intoxicação. O tipo, quantidade e via de administração afectam
os resultados, prognóstico e quadro clínico.
Estratégias:
·
Estabilização das funções vitais
·
Avaliação completa: (história, exame físico, avaliar a gravidade
dos efeitos clínicos e possíveis traumas e complicações)
·
Contactar Centro de Informação Antivenenos
·
Remoção do tóxico (evitar a absorção e aumentar a eliminação do agente
tóxico)
·
Realização
de lavagem gástrica e administração de absorventes e purgantes:
o Informação ao doente acerca dos
procedimentos a serem realizados;
o Posicioná-lo em decúbito lateral
esquerdo ou Trendlembourg;
o Entubação nasogástrica com sonda de
grande calibre e de dupla via que facilita a remoção do conteúdo gástrico e
lavagem gástrica;
o Aspiração do conteúdo gástrico;
o Instilação de 200 a 500mL
de soro fisiológico morno;
o Aspiração do conteúdo gástrico após
a instilação do soro fisiológico, realizando em simultâneo massagem a nível da
região epigástrica;
o Realização de lavagens consecutivas
até que o conteúdo gástrico seja límpido;
o Se conveniente, deixar em drenagem
livre;
o Administração de absorventes como o
carvão activado (25g de carvão activado em 250mL de água destilada);
o Administração de
purgantes/catárticos como sulfato de sódio ou de magnésio;
·
Anulação do efeito do agente tóxico (antídotos)
·
Prevenção de sequelas
Objectivo Específico 5: Prestar cuidados ao doente com
tubo endotraqueal e submetido a ventilação mecânica.
De acordo com PHIPPS, SANDS, MAREK (2003, p.1160) a
ventilação mecânica é uma forma substitutiva da função respiratória em doentes
com patologias que levem à insuficiência respiratória. O objectivo da
ventilação mecânica é o fornecimento de uma ventilação enriquecida com uma
concentração de oxigénio suficiente para que a oxigenação tecidular ocorra com
eficácia.
Estratégias:
·
Promoção do
conforto do doente ventilado;
·
Fixação do
tubo endotraqueal;
·
Confirmação
do correcto posicionamento do tubo endotraqueal, através da auscultação
pulmonar bilateral;
·
Utilização
de técnica asséptica em todos os procedimentos, de forma a evitar ou minimizar
infecções;
·
Aspiração de
secreções sempre que necessário;
·
Certificação
da eficácia da ventilação e da oxigenação:
o Auscultação dos sons pulmonares;
o Mobilização do doente de cada 2
a 3 horas, de forma a optimizar a ventilação e a oxigenação tecidular;
·
Avaliação do
estado clínico do doente:
o Avaliação dos sinais vitais;
o Auscultação pulmonar;
o Avaliação do estado de consciência;
·
Monitorização
respiratória:
Avaliação da saturação de oxigénio e
de outros gases arteriais;
o Avaliação da frequência
respiratória, ritmo, movimentos respiratórios, sinais de dificuldade
respiratória…;
·
Observação e
registo de anomalias, tais como, instabilidade de parâmetros vitais;
desadaptação acidental do ventilador; existência de roncos e/ou sibilos;
ausência de murmúrio; alteração do estado de consciência;
·
Monitorização
das variáveis e alarmes do ventilador.
Objectivo Específico 6: Adquirir destreza manual na
realização de cateterismo venoso.
Estratégias:
·
Prestação de
informação acerca do procedimento a ser realizado e qual a sua finalidade;
·
Preparação
de todo o material necessário à realização da punção venosa;
·
Aplicação do
garrote no membro;
·
Selecção do
acesso venoso a puncionar;
·
Desinfecção
do local de inserção do cateter venoso;
·
Inserção do
cateter no acesso venoso;
·
Libertação
do garrote;
·
Fixação do
cateter venoso com adesivo estéril e hipoalérgico;
·
Realização
dos respectivos registos de forma pertinente e precisa, com utilização de
linguagem científica.
Objectivo Específico 7: Aperfeiçoar competências na
realização de cateterismo vesical.
Estratégias:
·
Fornecimento
de informação ao doente sobre o procedimento a ser realizado, assim como a
solicitação da sua colaboração na execução do mesmo;
·
Preparação
de todo o material necessário à execução da técnica;
·
Respeitar
todos os princípios de higiene e aplicação de técnica asséptica na realização
do procedimento;
·
Promoção da
privacidade do doente;
·
Posicionamento
correcto do doente:
·
A Mulher em
posição ginecológica;
·
O Homem em
decúbito dorsal;
·
Realização
da lavagem da região perineal;
·
Colocação de
um campo esterilizado;
·
Conexão do
saco colector de urina na sonda vesical;
·
Utilização
de luvas esterilizadas;
·
Lubrificação
da extremidade da sonda vesical;
·
Introdução
da sonda vesical no meato urinário;
·
Insuflação
do balão da sonda vesical com 10mL de água destilada;
·
Ensino ao
doente da necessidade de manutenção da sonda vesical e da necessidade de
hidratação oral;
·
Registo
pertinente e preciso, com utilização de linguagem científica do procedimento
realizado.
Objectivo Específico 8: Aperfeiçoar competências na
realização da entubação nasogástrica.
Estratégias:
·
Fornecimento
de informação ao doente acerca do procedimento a ser realizado e solicitação da
sua colaboração para a realização do mesmo;
·
Preparação
de todo o material necessário à realização da técnica;
·
Promoção da
privacidade do doente;
·
Lavagem das
mãos;
·
Utilização
de luvas esterilizadas;
·
Medição da
sonda de modo a marcar o comprimento adequado a cada doente (distância da asa
do nariz ao lóbulo da orelha e deste ao apêndice xifóide);
·
Posicionamento
correcto do doente, com a cabeça ligeiramente flectida;
·
Lubrificação
da sonda nasogástrica com um lubrificante hidrossolúvel;
·
Inserção da
sonda lentamente e com firmeza até à faringe e solicitação do doente para que
degluta enquanto progredimos com a sonda até ao estômago;
·
Confirmação
da localização da sonda no estômago (aspiração verificando a saída de conteúdo
gástrico ou introdução de ar pela sonda auscultando a entrada de ar no
estômago);
·
Fixação da
sonda ao nariz do doente, com adesivo hipoalérgico;
·
Adaptação da
sonda ao soco colector;
·
Elaboração
de registos pertinentes e precisos do procedimento realizado.
Objectivo específico 9: Aprofundar conhecimentos
teóricos, essenciais para o meu enriquecimento pessoal e técnico-científico.
Estratégias:
· Pesquisa
bibliográfica, partilha de conhecimentos com os profissionais de saúde;
· Aumento
de conhecimento a nível de farmacologia, com pesquisa de indicações
terapêuticas, mecanismos de acção, posologia, interacções medicamentosas,
efeitos secundários dos fármacos mais utilizados no serviço;
· Elaboração
de uma reflexão crítica semanal, com o objectivo de analisar as actividades
realizadas, dificuldades sentidas e resultados obtidos;
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7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O enfermeiro de urgência precisa de ter determinadas
características, que não passam apenas pelo conhecimento teórico, mas também
com a destreza que este tipo de serviço exige, como a rapidez, agilidade e
diplomacia, para que desta forma situações de risco de vida ou de morte para o
doente possam ser resolvidas com a maior eficácia (VAZ e CATITA, 2000, p. 14).
É de todo importante a elaboração de um projecto, há
que saber planear, para poder atingir o fim a que nos propomos.
Os objectivos e estratégias que foram delineadas não
são estanques e no decorrer do ensino clínico provavelmente surgiram outros
objectivos que complementaram os estabelecidos.
Aproveitarei ao máximo todas as oportunidades de
aprendizagem e sempre que me surgir uma dúvida, vou fazer todos os possíveis
para que ainda nesse mesmo dia eu consiga ir pesquisar sobre a mesma de forma a
enriquecer o meu conhecimento. Quero terminar este ensino clínico e sentir que
estou preparado para exercer a minha profissão com competência.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MADUREIRA, António – Apontamentos das aulas de
Médico-cirúrgica: leccionadas no 1º semestre do 4º ano do curso de
Licenciatura em Enfermagem, 2012.
BOLANDER, Verolyn – Enfermagem Fundamental.
1ª. ed. Loures: Lusodidacta, 1998.
FERNANDES, Maria Teresa – Metodologia do
projecto. Servir. Vol. 47, nº 5 (Setembro/Outubro 1999), p. 233-236
IMPERATORI, Emílio; GIRALDES, Maria do Rosário – Metodologia
do planeamento de saúde: manual para uso em serviços centrais, regionais e
locais. 3ª ed e actual. Lisboa: Escola nacional de saúde pública, 1993, p.
77-87
PHIPPS, Wilma J.; SANDS, Judith, K.; MAREK, Jane, F.
– Enfermagem médico – cirúrgica . 6ª. ed. Loures: Lusociência,
2003.
PIRES, Ana Luísa de Oliveira – A pedagogia do
projecto. Formar. Lisboa. nº 16 (Outubro de 1995)
SOUSA, Clementina – O ensino clínico: a
importância e a construção do saber profissional. Investigação em Enfermagem,
nº 5 (2002)
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